A gente quando muda de vida, ou pelo menos quando decide mudar, é bom que tenha uma ideia, um plano. Nem que seja para não o seguir. Mas isso não é mais que a vida a dar-nos a volta.
Fiz planos pra montar uma Lanrrouse, fiz planos pra montar um cinema itinerante, fiz brainstorms pra montar uma empresa que efectivasse soluções para call centers, fiz brainstorms para montar empresas ligadas a parques de estacionamento, propus sociedades, propuseram-me sociedades. Nada disto está fora de causa.
Mas temos que começar por algum lado e o lado por onde começar é sempre o lado da parceria que já existe. Com a Sky.
E é por aí que estamos a começar. Chama-se Dia de Sonho"(ponto com ponto br)" e objectivo é a gestão e decoração de eventos. Sejam eles casamentos, aniversários, baptizados. É efectivamente um mercado bastante maduro mas ainda com muito espaço para explorar.Especialmente a mais de 400 Km da costa, que é efectivamente onde o Brasil existe. De resto são capitais estaduais, paisagem e agro-pecuária.
Nas últimas semanas temos planeado, comprado, cortado, pintado, partido, discutido, mandado fazer, encomendado. Já pusemos a criatividade a trabalhar tanto em coisas certas, como incertas, como erradas, como ilegais. E vamos aprendendo. É o jeitinho de desenrrasaca português e que os brasileiros não dispensam. Se não há, inventa-se. E não pensem que não se pregam parafusos com um martelo. Os dias em que "parafuso" significava ir ao Leroy Merlin ou ao AKI comprar uma chave vão longe. Muito longe.... Distantes... Intercontinentais....
O Brasil continua a ser o que sempre foi, uma terra de esperança, de problemas, de promessas, de riquezas e probrezas, de opostos e complementaridades. Mas não o são todas????? Umas mais que outras, sempre assim foi, sempre assim será.
E como diz o povo "O futuro a Deus pertence"..... Eu prefiro trabalhar, ter ideias, arriscar. Não é por nada, tão simplesmente porque prefiro que a minha vida tenha menos dependência de outros que não eu. Afinal sou Capricorniano para o bem e para o mal.
Ontem fiz as contas aos 45 anos que tenho. E fiz as contas certinhas.
Pertenço à geração que não teve emprego "pra-toda-a-vida" e não vai ter reforma. Pertenco à geração que está destinada a se manter em "reciclagem contínua".
E no fundo foi isso que eu fiz. Reciclei-me. Sou Vidro, Sou Plástico.
Fui esponja, copo, balde, fui bidon. Fui apito de arbítro. Apitei golos e batotas. Fui caneta BIC. Fui garrafa PET (umas vezes cheia, outras vazia). Durante algum tempo pensei que estivesse perdido no grande Deposito de Lixo de Pacífico.
Agora estou dentro da máquina. Eu sou a máquina. De mim próprio.
Agora aguardem enquanto eu me fabrico.... Vou estar pronto lá pra Setembro...


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