Recebi um comentário da minha amiga Rosemary sobre as distâncias.
Não há dúvida que a riqueza do vocabulário portugues pós acordo ortográfico (quer dizer tanto pt-PT como pt-BR) é efectivamente impar.
A Rosemary mandou uma nova lista de "distâncias" que passo a citar:
"NOS CAFUNDÓS DO JUDAS" com as variantes: “nos quintos dos infernos”, “onde o vento faz a curva”, “onde judas perdeu as botas”.
Havia uma frase de um humorista português, que já teve melhores dias, o Herman José, que dizia que "a lingua portuguesa era muito traiçoeira...."
E lembrei-me de uma outra história, com o meu amigo António Paulo. O António Paulo é formado é filosofia e tem uma paixão pela lingua portuguesa como conheço poucas. Não só paixão como domínio.
Lembro-me que há uns anos atrás, quando ele vivia em Vendas Novas e eu fui jantar com ele (e mais as respectivas respectivas, claro). E a páginas tantas, no regresso do jantar (em Montemor, se não me engano, depois de umas boas garrafas de vinho alentejano....) fizemos um concurso para descobrir quantas formas vernáculas havia para o orgão sexual masculino: e confesso que não são poucas, muitas que eu nem conhecia mas o Toninho afiançava... Olhem que foram muitas, muitas, muitas. Talvez mais ainda que o numero de palavras que os esquimós têm pra neve....
Eu acho que cada linguagem traduz, na diversidade de palavras, a importância que determinado objecto, circunstância, conceito têm.
Confesso que não entendo porque é que os portugueses têm tantas palavras. Estaremos, como povo, obcecados com o "coiso"???? E será que essa obsessão é partilhada pelos diversos paises que subscreveram o acordo ortográfico...
Acho que existe material pelo menos para uma investigação..... quiçá uma tese.


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