A proposito do "empata", lembrei-me de ir à wikipedia ver o artigo sobre os regimes ditatoriais. Muitos conhecia, muitos desconhecia, a grande maioria já morreu.
Achei interessante um artigo relacionado que dizia que "Presidente vitalício é um título assumido por alguns ditadores para remover os limites de tempo de sua administração, na esperança de que sua autoridade e legitimidade nunca sejam disputadas".
Achei também curioso o facto do Presidente Hugo Chavez, da Venezuela, ter pedido (e ter conseguido) à Assembleia Nacional venezuelana que propôs, a 9 de Dezembro, formalmente, a realização de uma emenda à Constituição Nacional para permitir a reeleição presidencial indefinida de Hugo Chávez. A formalização da proposta foi transmitida em simultâneo e obrigatoriamente pelas rádios e televisões do país.
E mais curiosamente, Hugo Chavez não aparece na lista de ditadores, mas aparece noutra lista, quiçá não menos importante, onde também aparece Fidel Castro, o Prêmio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos, o que a mim me parece um contra-senso, que um prémio Internacional de Direitos Humanos seja promovido por um lider directamente implicado no atentado de Lockerbie, um ataque terrorista ao vôo 103 da Pan Am em 21 de Dezembro de 1988.
Não sei se rio ou se choro. Mas acho que todos devíamos ler a História da Estupidez. Só assim este mundo faz sentido.
Para terminar, queria dizer que o ditador "empata", que vos falei ontem, morreu.
Como qualquer morte, qualquer uma, deve ser reverenciada porque é sempre, e no fundo, o primeiro passo de um período de transição para outro nível de conhecimento. Lamento também que os filmes que mostrei ontem sejam dos ultimos onde o Manel aparece vivo. A morte dele foi um acidente, de forma alguma intencional, mas as consequências da morte de um ditador são sempre as mesmas, seja ele humano ou animal: todos aqueles que eram oprimidos regressaram com redobrada alegria.
Estou triste porque o beijaflor é um animal auspicioso, e a sua morte, indesejavel. Estou contente porque todos os outros puderam regressar e a casa está efectivamente muito mais alegre.
Como se diz em Portugal, "Não é por morrer uma andorinha que acaba a primavera."


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