quinta-feira, 30 de julho de 2009
Distâncias (para maiores de 18 anos) v.3
Não há dúvida que a riqueza do vocabulário portugues pós acordo ortográfico (quer dizer tanto pt-PT como pt-BR) é efectivamente impar.
A Rosemary mandou uma nova lista de "distâncias" que passo a citar:
"NOS CAFUNDÓS DO JUDAS" com as variantes: “nos quintos dos infernos”, “onde o vento faz a curva”, “onde judas perdeu as botas”.
Havia uma frase de um humorista português, que já teve melhores dias, o Herman José, que dizia que "a lingua portuguesa era muito traiçoeira...."
E lembrei-me de uma outra história, com o meu amigo António Paulo. O António Paulo é formado é filosofia e tem uma paixão pela lingua portuguesa como conheço poucas. Não só paixão como domínio.
Lembro-me que há uns anos atrás, quando ele vivia em Vendas Novas e eu fui jantar com ele (e mais as respectivas respectivas, claro). E a páginas tantas, no regresso do jantar (em Montemor, se não me engano, depois de umas boas garrafas de vinho alentejano....) fizemos um concurso para descobrir quantas formas vernáculas havia para o orgão sexual masculino: e confesso que não são poucas, muitas que eu nem conhecia mas o Toninho afiançava... Olhem que foram muitas, muitas, muitas. Talvez mais ainda que o numero de palavras que os esquimós têm pra neve....
Eu acho que cada linguagem traduz, na diversidade de palavras, a importância que determinado objecto, circunstância, conceito têm.
Confesso que não entendo porque é que os portugueses têm tantas palavras. Estaremos, como povo, obcecados com o "coiso"???? E será que essa obsessão é partilhada pelos diversos paises que subscreveram o acordo ortográfico...
Acho que existe material pelo menos para uma investigação..... quiçá uma tese.
terça-feira, 28 de julho de 2009
O filme que vi 4 vezes e meia....
É verdade, não estou a brincar, vi-o quatro vezes e meia. "E meia?" perguntaram vocês espantados "A Música no Coração? Só viste quatro vezes e meia. E porquê meia?"
Vou explicar.
Fui com a minha avó Utelinda ver o filme, pela primeira vez, no cinema ....Europa? acho que sim, que se chamava "Europa", ali ao pé do Jardim da Parada, em Campo de Ourique, onde os meus avós viviam.... Ou teria sido aquele alí na Alameda Afonso Henriques, que pertence agora à Igreja Universal do Reino de Deus?????
Confesso que não me recordo, devia ter eu uns 7 ou 8 anos. Foi há muuuuuuuito tempo.....
Começamos a ver o filme entretidíssimos, lembro-me bem, eu, o meu irmão e a minha avó, "The hills are alive, with the sound of music....." e no intervalo aparece a palavra "Intermission". A minha avó, coitadinha, não sabia inglês, achou que o filme tinha terminado e viémo-nos embora.
Fiquei com mais uma história na minha vida. O dia em que só vi meio filme.... Hoje encontrei estas fotos e lembrei-me da história e da minha avó: que um dia me levou a ver meio filme.....
O Jardim de D. Deda

Passo a explicar:
Todos nós somos acreditamos em símbolos. Não interessa se é uma cruz, um ankh, um pentagrama, um número, uma cor: Os simbolos são representações sintetizadas de ideias, emoções, vontades, ideiais.
No meu caso foi a aliança. A aliança é exactamente isso que o nome diz, um acordo de suporte e ajuda mútua, digamos que é um contrato-promessa de amor, longevidade, cumplicidade, intimidade e outras "idades" que não vêm agora ao caso.
Ainda para mais, a minha aliança era especial, porque a data estava errada. A data da aliança não foi a data em que nós nos prometemos um ao outro, mas sim a data em que apanhamos uma torcida tal que foi impossivel de concretizar a promessa naquele dia. Digamos que a aliança era do "dia anterior", no dia em que comemoramos a promessa que efectivamente só iriamos fazer no dia seguinte. Bom, acho que já chega de explicações....
A verdade é que emagreci, a aliança caia-me dos dedos, ainda tentei dar-lhe volume com Durex (nome da fita gomada deste lado do Atlântico, as confusões que isto pode causar....) mas a verdade é que desapareceu.....
Fiquei destroçado. Não foi pela aliança, que quaisquer 600 reais compravam outra: Foi pelo simbolo. Pela data gravada no anel, que comemora para todo o sempre a nossa estada no hospital para receber glicose.
Procurei no quarto, procurei na casa, procurei no carro, procurei no boteco, procurei no pesqueiro. E de repente lembrei-me que tinha estado a cortar as unhas. Procurei naquele lado do jardim, procurei no outro lado do jardim (de certeza que já ouviram falar das Rochas Deslizantes).
Pelo sim pelo não, agarrei na enchada e não parei enquanto não cheguei ao fim. Claro que não a encontrei. Só fiquei descansado quando fui ao supermercado comprar cachaça para umas caipirinhas para ajudar a esqueçer, quando me perguntaram se "aquela aliança era minha". Era!
Bebi as caipirinhas na mesma, a razão é que foi diferente.
D. Deda agradeceu, uma vez que assim se torna mais facil colocar a piscina que ela andava com vontade de pôr.
Audaces Fortuna Juvat
A gente quando muda de vida, ou pelo menos quando decide mudar, é bom que tenha uma ideia, um plano. Nem que seja para não o seguir. Mas isso não é mais que a vida a dar-nos a volta.
Fiz planos pra montar uma Lanrrouse, fiz planos pra montar um cinema itinerante, fiz brainstorms pra montar uma empresa que efectivasse soluções para call centers, fiz brainstorms para montar empresas ligadas a parques de estacionamento, propus sociedades, propuseram-me sociedades. Nada disto está fora de causa.
Mas temos que começar por algum lado e o lado por onde começar é sempre o lado da parceria que já existe. Com a Sky.

Especialmente a mais de 400 Km da costa, que é efectivamente onde o Brasil existe. De resto são capitais estaduais, paisagem e agro-pecuária.
Nas últimas semanas temos planeado, comprado, cortado, pintado, partido, discutido, mandado fazer, encomendado. Já pusemos a criatividade a trabalhar tanto em coisas certas, como incertas, como erradas, como ilegais. E vamos aprendendo. É o jeitinho de desenrrasaca português e que os brasileiros não dispensam. Se não há, inventa-se. E não pensem que não se pregam parafusos com um martelo. Os dias em que "parafuso" significava ir ao Leroy Merlin ou ao AKI comprar uma chave vão longe. Muito longe.... Distantes... Intercontinentais....
O Brasil continua a ser o que sempre foi, uma terra de esperança, de problemas, de promessas, de riquezas e probrezas, de opostos e complementaridades. Mas não o são todas????? Umas mais que outras, sempre assim foi, sempre assim será.
E como diz o povo "O futuro a Deus pertence"..... Eu prefiro trabalhar, ter ideias, arriscar. Não é por nada, tão simplesmente porque prefiro que a minha vida tenha menos dependência de outros que não eu. Afinal sou Capricorniano para o bem e para o mal.
Ontem fiz as contas aos 45 anos que tenho. E fiz as contas certinhas.
Pertenço à geração que não teve emprego "pra-toda-a-vida" e não vai ter reforma. Pertenco à geração que está destinada a se manter em "reciclagem contínua".
E no fundo foi isso que eu fiz. Reciclei-me. Sou Vidro, Sou Plástico.
Fui esponja, copo, balde, fui bidon. Fui apito de arbítro. Apitei golos e batotas. Fui caneta BIC. Fui garrafa PET (umas vezes cheia, outras vazia). Durante algum tempo pensei que estivesse perdido no grande Deposito de Lixo de Pacífico.
Agora estou dentro da máquina. Eu sou a máquina. De mim próprio.
Agora aguardem enquanto eu me fabrico.... Vou estar pronto lá pra Setembro...
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Sem contar com as paixões...
Resultado: Vamos ver quem adivinha ....
Agora abrir 2.345.764 envelopes é que não estava no programa. Acho que até apanhei Lesão por Esforço Repetitivo de tantas respostas....
Bom os resultados foram surpreendentes. De forma a que me dei ao trabalho de geo-referenciar os votos de modo a identificar quais os paises que menos acreditam na qualidade dos seus governantes.
Sem constituir surpresa alguma, as respostas que recebemos de alguns países são absolutamente insignificantes, mas consistentes com a origem dos nossos visitantes.
De qualquer das maneiras, a grande vitoriosa foi Gloria Oliveira que para alem de ter identificado correctamente o texto de Eduardo Prado Coelho e o seu retrato de Portugal ainda teve a coragem de comentar que "fiquei boba de ver a semelhança que [Portugal] tem com o Brsail, parece que [a prosa] foi feita para o Brasil."
Quase desclassifiquei devido à ortografia mas a propriedade da resposta valeu o primeiro lugar.
Como diz o Rui Veloso "muito mais é o que nos une que aquilo que nos separa".....
sábado, 25 de julho de 2009
Novas tendências na música portuguesa
A artista que iremos ouvir não teve formação no Conservatório Nacional, nem na Escola de Musica de Santa Teresinha. Não deixa no entanto de demonstrar claramente as suas raizes musicais como poderão auscultar.
Disfrutem.
O inverno aqui é tão curto.....
D. Deda diz que o Inverno aqui é tão curto que ela gosta de aproveitar o frio. Eu achei piada. Achei, já não acho. Então não é que ela, e acreditem, quase todo o pessoal de Jateí, tem as portas e janelas todas abertas, escancaradas. Está um frio dentro de casa que andamos todos enrolados em cobertores. Mas anda toda a gente contente porque está a "aproveitar o Inverno".
Vidros duplos não existem. Calaftagem de portas e janelas foi coisa que nunca se ouviu falar. As casas não são climatizadas, estão construídas para os 9 meses de verão, não para os 3 meses de inverno. Faz sentido. Acho mesmo que faz sentido.
Mas que me lembre, a ultima vez que dormi vestido foi em mil novecentos e oitenta e qualquer coisa quando acampei em Fevereiro na Serra da Estrela e tive que montar a tenda em cima da neve.É desse tipo de frio que falo. Mas pronto, como em Roma há que ser romano, deixa-me ir embrulhar no meu cobertor e ir aproveitar o Inverno.
Afinal ele é tão curto.....
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Organização Mundial de Saúde alerta: Variante do Síndrome de Estocolmo afecta grande maioria dos eleitores
Segundo o relatório uma elevada percentagem dos eleitores demonstram uma grande, e preocupante, simpatia por governantes que foram condenados ou têm processos em tribunal relativos a irregularidades detectadas durante os seus mandatos. O relatório diz mesmo que há uma relação directa entre o volume de irregularidades e as intenções de voto, ou seja, quanto mais o autarca ou governante lucrou ilegalmente no exercício do seu cargo, mais tendência há para os eleitores votarem neles. Nomes como Fátima Felgueiras, Fernando Collor de Mello, Nestor Kirchner, Isaltino Morais, Cristina Kirchner, José Sarney, Valentim Loureiro, Fernando Henrique Cardoso entre outros, são dados como casos flagrantes desta variante do síndrome de Estocolmo, já conhecido como síndrome do eleitor.” O síndrome do eleitor não é mais do que um estado psicológico desenvolvido por pessoas que são vitimas directas ou indirectas dos seus governantes, mas desenvolvem um sentimento de simpatia e lealdade não se apercebendo da situação de perigo em que se encontram, levando-os a reeleger este tipo de governantes cada vez que são chamados às urnas. Para já não existe tratamento para esta doença mas este relatório é um alerta importante para procurarmos soluções.” explicou ao "Incorporar Brasil" fonte da OMS.
* O Síndrome de Estocolmo é um estado psicológico particular desenvolvido por pessoas que são vítimas de sequestro, em que a vítima desenvolve sentimentos de lealdade para com o sequestrador apesar da situação de perigo em que se encontra colocada. Mais informações aqui.
Concurso: Vamos ver quem adivinha ....
E Lembrei-me de um texto que recebi há uns dias atrás, de uma amiga que não menciono para não dar qualquer indicação, e que vou transcrever.
Mas com algumas alterações: Tudo o que eu fiz foi alterar referencias que poderiam identificar de que país se trata. Essas referencias estão identificadas pelos sinais "{" no inicio e "}" no fim.
O Desafio é identificar de que país estamos a falar.
Ora aqui vai:
A crença geral anterior era de que {Chefe do Executivo Anterior} não servia, bem como {Chefe do Executivo De Há Muitos Anos}, {Chefe do Executivo Ainda Mais Anterior} e {Chefe do Executivo Ainda Mais Mais Anterior}.
Agora dizemos que {Chefe do Executivo Corrente} não serve. E o que vier depois de {Chefe do Executivo Corrente} também não servirá para nada.
Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi o {Chefe do Executivo Anterior} ou na farsa que é o {Chefe do Executivo Corrente}. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que {A Nossa Moeda Corrente}.
Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais. Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos... e para eles mesmos.
Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso para a {Televisão}, onde se frauda a declaração de {Imposto de Renda} para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns
-Onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no {Transport Público}, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Onde a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos do {Chefe do Executivo Anterior} e do {Chefe do Executivo Corrente}, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um {Polícia de Trânsito} para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o {Chefe do Executivo De Há Muitos Anos} é culpado, melhor sou eu, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.Esses defeitos, essa {esperteza/desenrrasca} congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que o {Chefe do Executivo Anterior}, o {Chefe do Executivo Ainda Mais Mais Anterior}, o {Chefe do Executivo De Há Muitos Anos} ou {Chefe do Executivo Corrente}, é que é real e honestamente má, porque todos eles são {da mesma nacionalidade}, como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte...
Fico triste.
Porque, ainda que {Chefe do Executivo Corrente} se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu o {Chefe do Executivo Anterior}, nem serviu o {Chefe do Executivo Ainda Mais Mais Anterior}, não serviu o {Chefe do Executivo De Há Muitos Anos}, nem serve o {Chefe do Executivo Corrente} e nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa ?
Precisamos de mais {uma ditadura}, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror ?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... igualmente abusados !
É muito bom ser {da nossa nacionalidade}. Mas quando essa {nacionalidade} autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.
Nós temos que mudar.
Um novo governante com os mesmos {nacionais} nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos: Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
Distâncias (para maiores de 18 anos) v.2
anton deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Distâncias (para maiores de 18 anos)":
Incorporar Brasil está a tornar-se um belo exercício de Acrescentar Português! Tenho agora 4 medidas:
1. Longe porra nenhuma
2. Bué longe
3. Longe como o órgão sexual masculino*
4. Longe como o órgão sexual masculino mais velho*.
*Acordei púdico...
Em mais língua alguma deve haver um sistema verdadeiramente intercontinental e original como este de descrição das distâncias! :P
Abraço amigo!
E estica-te para entregar um beijo.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Joomla! Rocks....
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Darwin Awards 2009
Efectivamente o que Darwin disse foi que as espécies que evoluem são as mais capazes de se adaptar. A adaptabilidade e não a força é a razão pela qual a espécie humana anda não desapareceu.
Isto, aliás, vem a proposito do facto de ter começado a haver uma briga enorme dos beija-flor pelo bebedouro. Para parar com essa briga, eu comprei mais 3 bebedouros, que posicionei distantes entre si, de forma a que os dominantes não consigam controlar os bebedouros e haja espaço para toda a gente....
Mas como John Steinbeck disse "The best laid schemes o' mice an' men"....
Bom quer isto dizer que o plano não correu como eu esperava. E a culpa, não sendo do Darwin, foi por ele prevista: então não é que os bebedouros começaram agora a ser usados por pardais????? Quem é que já ouviu falar de pardais a beberem de um bebedouro de beija-flor. Só se forem os brasileiros, que "arranjam sempre um jeitinho para tudo...."
Bom, efectivamente não interessa. Há àgua com açucar para todos....
E de repente lembrei-me daquele coronel do A-Team, Col. Hannibal Smith, que no fim do episódio dizia "I love it when a plan comes together...."

Hey, ainda aqui estou, ok?????
Até Já....
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Uma novidade
Ontem fui parado por uma operação de controlo rodoviário, sabem, aquelas que estão instruidas para parar unicamente o veículo Chevrolet Montana de cor preta com a placa de registo FAN-22XX...
Mas ontem houve uma novidade: grelharam-me com perguntas. Para alem de onde vinha, para onde ia, em que mexia, há quanto tempo estava no brasil, se a minha situação estava regularizada com a Polícia Federal, se a direcção de viação de cá estava a par da minha carta de condução. Alem disso, registaram todos os detalhes para as estatísticas... ou para o Big Brother. Sei lá...
Mas a grande novidade foi mesmo a forma como ele me despediu: "Seja Bem Vindo ao Brasil"
Eu sabia que já era bem vindo. Pelos meus novos amigos, pela minha nova família. Mas agora até pela Polícia Rodoviaria Federal.
Até me sinto com outro estatuto....
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O guia Michelin que se lixe....
A Prenda
o facto de poder dar presentes a alguem é efectivamente um previlégio que decorre do nivel de intimidade que existe entre duas pessoas.
Se fossem na rua e alguem se virasse pra vocês e vos desse uma prenda a primeira coisa que iam pensar seria "O QUE É QUE ESTE/ESTA QUER DE MIM?"
Aliás lembram-se concerteza de um anuncio há uns anos atrás em que a punch-line era "... e se um desconhecido lhe oferecer flores iso é ....." e portanto o que está subentendido numa prenda de um desconhecido é que tem que haver algo em troca.
E é por isso que dar uma prenda é um previlégio. É algo que podemos fazer a alguem ( ou que nos pode fazer) e que não tem um outro interesse senão a alegria de dar e a alegria de ver a alegria de alguem a receber. Sem outro interesse que não seja exactamente esse.
E nem o preço do presente importa.
Não é necessário que o valor seja medido em centenas e milhares. eu lembro-me de ter dado uma prenda à sky, que comprei no Museu Berardo, que me custou 1,5€ e que ela guarda religiosamente. Era apenas um puzzle de corações de 10x15 cm. Coisa simples, banal, mas o valor da prenda está intimamente associado não ao valor mas à intenção.
Bom, esta introdução toda pra dizer que hoje recebi uma prenda. Do meu cunhado Shoiti. E que recebi com uma enorme alegria.

Um pacote de RAPADURA.
Não tenho mais nada a dizer. A não ser mais uma coisa: há prazeres que não tem preço e para aqueles que acreditam que para os outros existe Mastercard, enganam-se. Os maiores prazeres continuam ainda e sempre a ser os mais simples.
Mesmo que venham carregadinhos de calorias.....
terça-feira, 14 de julho de 2009
Tenho saudades da Portugália....
Não é por causa de nenhumas das especialidades nem pratos do dia de segunda, terça, quarta, quinta sexta, sábado ou domingo.
A razão da minha saudade é bastante mais prosaica: faz-me falta aquela batatunga frita Vou dizer outra vez, que só disso me cresce água na boca: BATATUNGA FRITA!!!
Não é que aqui se coma batata frita. Não come. Aqui é arroz e feijão, abobrinha, xuxu, banana (sim, banana), mandioca branca e amarela, com as carnes mais deliciosas que podem pensar: maminha, cupim, costela, picanha, bisteca. mas batata frita só por especial favor.
A D.Deda teve o azar (ou a sorte) de comentar no outro dia que há uma amigo especial do Thomás que sempre que visita a fazenda, a mulheres desdobram-se em batata frita. E eu pensei cá para mim "yupiiiiiie" e perguntei com o meu olhar mais inocente "A sério D.Deda???? e farias umas pra mim.... estou com umas saudades......"
Hoje quando cheguei de Dourados, a primeira coisa que d. Deda disse foi "Hoje vou fazer batata frita....." deram-me ali logo 3 AVC, uma embolia, 2 tromboses e mais uma porcaria qualquer que os paramédicos não foram capazes de identificar...
Claro que aqui em casa puseram-me logo em quarentena, numa cadeira bem no meio do jardim, para que a saliva que me escorria da boca não sujasse a casa.
E prontos, agora não tenho mais nada pra dizer: a batataunga espera-me e ocorrem-me imagens de Tio Patinhas, na Casa Forte, a nadar entre moedas... douradas... estaladiças.....
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Distâncias (para maiores de 18 anos)
"que ironia a da vida, que é a de seres, dos meus amigos, aquele com quem "filosoficamente", em relação à vida, me sinto mais perto e, no entanto, estares longe como o caralho...."
Eu fiquei a pensar que há distancias, que não sendo geográficas, não deixam de ser reais por causa disso: "longe como o caralho...." é uma delas. Mas porque usar o termo genital masculino para definir a imensidão (modéstia à parte)?
E lembrei-me de um texto, que recebi há algum tempo sobre, exactamente, o uso de palavrões. O autor do texto é Millor Fernandes, desenhista, humorista, dramaturgo, escritor e tradutor brasileiro.
"Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.
'Pra caralho', por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que 'pra caralho'? 'Pra caralho' tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?
No gênero do 'Pra caralho', mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso 'Nem fudendo'. O 'Nem fudendo' é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro para ir surfar no litoral? Não perca tempo, nem paciência. Solte logo um definitivo 'Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FUDENDO!.' O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.
Por sua vez, o 'porra nenhuma!' atendeu tão plenamente as situações onde nosso Ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um 'é PhD porra nenhuma!', ou 'ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!'. O 'porra nenhuma', como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um 'Puta-que-pariu!',ou seu correlato 'Puta-que-o-pariu!'. Falados assim, cadencialmente, sílaba por sílaba, diante de uma notícia irritante, qualquer 'puta-que-o-pariu!' te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o tempo devido e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso 'vai tomar no Cu!'? E sua maravilhosa e reforçadora derivação 'vai tomar no olho do seu Cu!' Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: 'Chega! Vai tomar no olho do seu Cu!'. Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoe a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: 'Fudeu!' (os puristas dizem 'fodeu'). E sua derivação mais avassaladora ainda: 'Fudeu de vez!'. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e autodefesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar : O que você fala? 'Fudeu de vez!'.
Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de 'foda-se!' que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do 'foda-se!' O 'foda-se' aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor, reorganiza as coisas. Me liberta. 'Não quer sair comigo? Então foda-se!'. 'Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!'. O direito ao 'foda-se!' deveria estar assegurado na constituição Federal.
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se..."
Toninho, podes pensar que estou "longe pra caralho" mas não te preocupes, a nossa amizade não está longe "porra nenhuma".....
É pra verem como são as coisas....
("Xinxada" era o termo que nós usavamos quando éramos miudos e iamos roubar fruta para a chamada "Quinta do Meio", onde é agora parte do estacionamento do "Pátio Alfacinha". Até tiros de sal o caseiro nos atirava, a grande maioria para o ar. Era como um rito iniciático para o pessoal da Rua do Guarda Joias. Mas isso é outra história.)
Bom, agarrei no Shoiti e na Jessyka e lá fomos nós, por estrada de chão até à fazenda, apanhar laranjas, pocâns, laranjas champanhe, laranjas daqui, laranjas dali, bom veio a Montana cheia.
A Jessyka estava muito contente de ter ido à fazenda, até deu umas voltas de cavalo com o Thomás Henrique.
Às tantas, o Thomás Henrique chama a Jessyka para ir jogar Playstation com ele (Playstation nova, o miúdo está delirante....) e a resposta que a japonesa do sol nascente, paraíso da electónica de consumo, deu confesso que me surpreendeu: "Nâo quero jogar, não, Thomás Henrique. Eu quiz vir para a fazenda porque aqui tem bichos, vacas, cavalos. No Japão não tem disso...."
A mim deu-me vontade de rir (e ri-me com vontade, para dentro, para não ferir susceptibilidades): o miúdo que toda a vida mexeu com bichos, vacas e cavalos queria brincar com a electrónica de consumo. A miúda que toda a vida mexeu com electrónica de consumo queria brincar era com os bichos, vacas e cavalos.
Ah grande António Variações, tu é que sabias ler a alma humana: "Eu só quero ter tudo o que não tenho, eu só estou bem onde eu não estou".
Ou mais prosaicamente:"A galinha do vizinho é sempre melhor que a minha".
domingo, 12 de julho de 2009
As Portas (da Vida)
Quando se faz uma mudança de vida como eu fiz, é absolutamente indispensavel procurar enfrentar o começo como um novo nascimento. Lembro-me de há alguns anos ter perguntado ao meu filho Joey o que ele gostava de ser quando crescesse e a resposta que ele me deu foi a mais simples e verdadeira que alguem pode dar. A resposta foi "Quero ser tudo!".
E eu fiquei absolutamente surpreendido por uma criança, naquela altura ainda tão pequena já ter uma sensibilidade tão intuitiva e tão grande sobre o potencial associado à existência, ao crescimento: "Eu posso ser o que quiser, o que desejar, o que puder, o que me deixarem..."
É um pouco a forma como me sinto, neste momento. Eu posso ser tudo, porque acabei de nascer para uma nova vida, mas com as recordações e as lições aprendidas de outras vidas que vivi. Posso cometer os mesmos erros e os mesmos acertos, posso cometer erros diferentes e acertos que nunca tinha conseguido. A única coisa que não posso alegar é ignorância.
Quantas vezes cada um de nós não disse "Se eu soubesse na altura o que sei hoje.....". Essa é uma frase que só diz quem viveu apenas uma vida.
Recebi um poema, da minha amiga Glória Oliveira, que de certa maneira traduz essa percepção. O poema é intitulado "As Portas". Eu acrescentei "da Vida"
"Se você abre uma porta,você pode ou não entrar em uma nova sala.
Você pode não entrar e ficar observando a vida.
Mas se você vencer a dúvida, o temor, e entrar, dá um grande passo: nesta sala vive-se!
Mas, também, tem um preço...
São as inúmeras outras portas que você descobre.
Às vezes curte-se mil e uma.
O grande segredo é saber quando e qual porta deve ser aberta.
A vida não é rigorosa, ela propicia erros e acertos.
Os erros podem ser transformados em acertos quando com eles se aprende.
Não existe a segurança do acerto eterno.
A vida é generosa, a cada sala que se vive, descobrem-se tantas outras portas.
E a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas.
Ela privilegia quem descobre seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas.
Mas a vida também pode ser dura e severa.
Se você não ultrapassar a porta, terá sempre a mesma porta pela frente.
É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida...
Para a vida, as portas não são obstáculos, mas diferentes passagens!"
A autoria do poema é de Içami Tiba (Tapiraí, 15 de março de 1941), médico psiquiatra, psicodramatista, colunista e escritor.
Os ditadores (adeus Manel)
Achei interessante um artigo relacionado que dizia que "Presidente vitalício é um título assumido por alguns ditadores para remover os limites de tempo de sua administração, na esperança de que sua autoridade e legitimidade nunca sejam disputadas".
Achei também curioso o facto do Presidente Hugo Chavez, da Venezuela, ter pedido (e ter conseguido) à Assembleia Nacional venezuelana que propôs, a 9 de Dezembro, formalmente, a realização de uma emenda à Constituição Nacional para permitir a reeleição presidencial indefinida de Hugo Chávez. A formalização da proposta foi transmitida em simultâneo e obrigatoriamente pelas rádios e televisões do país.
E mais curiosamente, Hugo Chavez não aparece na lista de ditadores, mas aparece noutra lista, quiçá não menos importante, onde também aparece Fidel Castro, o Prêmio Internacional Al-Gaddafi de Direitos Humanos, o que a mim me parece um contra-senso, que um prémio Internacional de Direitos Humanos seja promovido por um lider directamente implicado no atentado de Lockerbie, um ataque terrorista ao vôo 103 da Pan Am em 21 de Dezembro de 1988.
Não sei se rio ou se choro. Mas acho que todos devíamos ler a História da Estupidez. Só assim este mundo faz sentido.
Para terminar, queria dizer que o ditador "empata", que vos falei ontem, morreu.
Como qualquer morte, qualquer uma, deve ser reverenciada porque é sempre, e no fundo, o primeiro passo de um período de transição para outro nível de conhecimento. Lamento também que os filmes que mostrei ontem sejam dos ultimos onde o Manel aparece vivo. A morte dele foi um acidente, de forma alguma intencional, mas as consequências da morte de um ditador são sempre as mesmas, seja ele humano ou animal: todos aqueles que eram oprimidos regressaram com redobrada alegria.
Estou triste porque o beijaflor é um animal auspicioso, e a sua morte, indesejavel. Estou contente porque todos os outros puderam regressar e a casa está efectivamente muito mais alegre.
Como se diz em Portugal, "Não é por morrer uma andorinha que acaba a primavera."
Cavalo Quarto de Milha
Introdução
O Quarto de Milha surgiu em 1611 quando dezessete garanhões e éguas, originalmente ingleses, foram levados para os Estados Unidos. Logo depois que esses primeiros cavalos atingiram a costa, o governador Nicholson legalizou a corrida de cavalos, esporte que obteve popularidade quase imediata. Esses cavalos ingleses foram cruzados com os de ascendência espanhola para produzir um equino compacto e bastante musculoso, que pudesse correr distâncias curtas em grande velocidade.
História
Na época em que a guerra da independência começou, os colonizadores tinham tornado-se muito afeiçoados à corrida de Quarto de Milha que geralmente era disputada entre três cavalos que corriam até um quarto de milha (402,33600 metros). Uma das razões da popularidade das corridas de curta distância era que elas podiam ser realizadas nas ruas do vilarejo ou em qualquer clareira de tamanho adequado. Essa corrida, de velocidade em curtas distâncias, foi o primeiro exemplo nas primeiras colônias de corrida de cavalos Quarto de Milha.
No Brasil
Linhagens diferentes foram sendo definidas para cada área. Hoje são bem distintas e tem uma seleção rigorosa. Mas a principal característica do Quarto de Milha é a versatilidade. Corridas, provas western em geral e trabalho no campo. Teve bastante aceitação no trabalho do campo e lida devido a sua docilidade, robustez e velocidade. No nordeste do Brasil o Quarto de Milha tornou-se o melhor em vaquejada.

sábado, 11 de julho de 2009
O Empata
E a ver os beijaflor. Ou pelo menos a tentar vê-los.
Não é falta das lentes de contacto, não é uma questão de velocidade ou de voo rápido. É que o Manel agora arma-se em “empata”.
Achou que nós punhamos o bebedouro só para ele e por isso tornou-se no “rei do pedaço”, territorial. Claro que agora é uma seca para os outros, coitados, que não dá nem para chegar perto.
De modo a que agora tenho a incumbência de espantar o Manel. Só o Manel. E faço isso batendo palmas quando ele aparece. Mas o que eu achei interessante, é que no inicio ele enfrentava-me, voava à minha volta, piava.
Mas pensando bem, não somos assim muito diferentes: se outros se chegam demasiado à nossa fêmea ou à nossa comida, a gente rosna. Eu pelo menos sou assim, não tolero...
Mas o Manel pertence a outra classe: a dos empata: “Nem come, nem sai de cima.....”
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Dulcineide
Dulcineide era feia e morava bem no meio da floresta unicamente acompanhada de seu gatinho.
Um dia apareceu sua fada madrinha e disse: "Dulcineide, feia como você é, ainda assim merece 3 desejos".
Dulcineide pensou e disse :"Em primeiro lugar queria ser bonita...." e PLIM, fada madrinha a tornou na mais bonita moça da floresta.
"Em segundo lugar" Dulcineide pediu" quero ser rica e morar num lindo castelo, que isto de ser linda e pobre é uma merda". E PLIM, assim aconteceu, Dulcineide viu seu barraco transformado num lindo castelo recoberto de ouro e pedras preciosas.
"Em terceiro lugar," pediu Dulcineide "gostaria que o meu gatinho, fiel companheiro de tantos anos, se transformasse num lindo e belo príncipe...." E PLIM, fada madrinha trasformou seu gatinho num lindo e garboso principe que cozinhava, costurava......
"Viu, Dulcineide, quem manda castrar o gatinho?????"
Está confirmado
Finalmente decidimos qual a primeira iniciativa que vamos empreender. Ainda não vou levantar o veu, literalmente, mas mantenham-se atentos que dentro em pouco será lançado um novo site na internet.....
Como há preparações pra fazer é natural que tenhamos que ir a S. Paulo várias vezes visitar potenciais fornecedores etc etc etc.
(Claro que isto não é uma indirecta para pedinchar hospedagem a quem quer que seja, mas pelo menos um jantar não te escapas, C.)
terça-feira, 7 de julho de 2009
Bipolar
A palavra que lhe foi atribuída foi BIPOLAR.
Tanto quanto ele entendia, ele necessitava de criar dois estados absolutamente distintos mas intimamente interligados. O resultado foi este.

Os dois estados são separados por um espelho duplo que ao mesmo tempo que interliga os dois estados, cria a ilusão de que cada um é unico e completo.
Straight to the heart....
O Duche Matinal
Devido à temperatura média do Brasil, não há necessidade de uma tubagem de água quente (só existe tubagem de àgua fria), a àgua é normalmente morna. Quer dizer, morna, morna, não é bem. Digamos que não é suficientemente quente pra se tomar duche de manhã. Bom, pra resumir, existe aqui no Brasil uma fábrica, chamada Lorenzetti, e que fabrica duches electricos.
Não têm propriamente um controlador de temperatura, apenas um selector de "Desligado", "Verão" e "Inverno". A temperatura é controlada pelo fluxo de água que passa pelo equipamento: menor fluxo maior temperatura, maior fluxo menor temperatura.
Bom, de manhã, quando vou tomar duche, ponho a àgua bem quente e depois de tomar banho vou reduzindo a temperatura e acabo por enxaguar com àgua fria. É assim como um ritual, ao qual confesso que me habituei e gosto.
Além disso faz otimamente à pele, estou mais esbelto, mais elegante, mais jovem, com menos rugas.
A Sky é que não gostou desta transformação. Diz ela que casou com um "velho gordo" e agora descobre que tem um galã em casa....
Desisto. Nunca mais vou sequer tentar entender as mulheres.....
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Flexpower 2
Hoje tenho outra história sobre o Flexpower (que é o nome que se dá a estes carros de duplo combustivel).
Fui a Dourados com o meu cunhado que quer comprar algo com 4 rodas e um tejadilho. Vimos carros novos, carros velhos, carros caros, carros baratos, carros, carrinhas, camionetes, carretas.
À volta para cá fiquei sem combustivel, entre Fátima do Sul e Vicentina. Não é grande coisa, são 10 Km para um lado e 12 para o outro, até aos proximos pontos de combustivel. "Estamos ferrados" pensei, "agora temos que ir de carona buscar combustivel." A sério, foi mesmo isso. Não foi nada parecido com "Fónix, agora temos que apanhar uma boleia pra ir comprar gasolina"
O carro ficou parado na berma, e lá vou eu e Shoiti a caminho de Fatima do Sul. Logo ali a 3 passos estava um boteco e pedimos uma agua de coco para refrescar e dar forças para a caminhada. E de repente, ali mesmo à minha frente, estava a nossa salvação. Nem vão acreditar:A famosa fábrica de Pirassununga, fabricante da famosa cachaça 51, tem uma versão de cachaça Flexpower.

Bom, sem qualquel problema não: A Polícia Rodoviaria parou o carro e quis apreendê-lo por estar alcoolizado. O que nos valeu foi que o Código da Estrada Brasileiro não contemplar essa penalização. Ufa....
sábado, 4 de julho de 2009
Este blog É MEU!!!!!
Não é por nada, o BLOG é meu. Publico comentários SÓ QUANDO QUISER, ou vocêzes pensam que isto é uma democracia. Se querem um blog arranjem o vosso....
Da mesma forma, que é isto de perguntarem por D. Deda?
"E o que disse D. Deda?"
"E o que fez D. Deda?"
"E quando se forem embora vão deixar D. Deda sozinha?"
Opá, se querem um blog sobre D. Deda, ela que o faça. Ou melhor, façam-no vocês. EU dou-vos o número de telefone dela, vocês vão telefonando e sabendo as novidades e vão fazendo um blog. Que tal? Que vos parece?
Este blog chama-se "IncorporarBrasil" e é sobre as minha aventuras e desventuras no Brasil.
Reparem que não se chama "O diário de D. Deda" nem "Como é que me dou com a minha sogra" nem sequer "O que é que eu acho do meu genro".
Este Blog é MEU, todo MEU, e só MEU, "so help me God"
E portanto, como se diz aqui, "aquietem o facho", acalmem-se.
E só pra perceberem que eu é que mando neste blog, e que ele diz unica e excusivamente aquilo que eu aprecio, que traz significado pra minha vida, aqui vai uma foto de D. Deda.
MAS É SÓ PORQUE EU QUERO, HEIN????? SÓ PORQUE EU QUERO......

Ainda sobre o Paraguay
Bom, mas o que eu vos quero falar é da fronteira entre o Brasil e o Paraguay.
Imaginem a Irlanda do Norte e a Irlanda do Sul, Chipre Grego e Chipre Turco, Coreia do Norte e Coreia do Sul. Imaginem Terra de Ninguém. Imaginem tanques de guerra e barreiras rodoviárias feitas de enormes blocos de cimento. Imaginem batalhões de guardas fronteiriços com câes Pastor Alemão do tamanho de Grand Danois vitaminados e com uma atitude de quem não é alimentado há mais de 3 semanas. Imaginem assim uma fronteira do tipo que um gaijo tem que levar uma algália já enfiada que é pra não mijar o carro todo. Imaginaram?
Pois não é nada disso.

Obras Públicas
Advertência: Se é uma pessoa sugestionavel não veja.
Ainda sobre o AF447
Para as pessoas que voavam no AF447, o que aconteceu não foi um acidente, foi azar. Para os pilotos foi um defeito do avião. Para a Airbus foi um defeito de engenharia. Para o fabricante do componente foi um conjunto de condições climáticas adversas que muito muito raramente se conjugam.
É no fundo, no fundo, bem lá no fundo, quem se lixou com as probabilidades, foram os que morreram e a companhia de seguros.
É tudo uma questão de tabelas actuariais.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Ah.... é verdade....
Gostava de agradecer pública e pessoalmente ao Claudio por ter intercedido por mim junto das entidades competentes.
Isto quem tem amigos, tem tudo.....
quinta-feira, 2 de julho de 2009
E de repente....
Inspecionaram o nosso quarto, perguntaram pela minha roupa, quiseram ver as nossas fotos. Fui, enfim, investigado. E, claro, passei. Agora é só esperar que Brasília mande publicar a minha autorização de permanência (que por sinal se chama de "irrecusavel"....)
Brasileiro, um passo de cada vez....
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Tomem saudades....
É bem certo que encontrei alguns amigos através de lá, uns que já tinha, outros que lá fiz, mas pronto, hoje decidi acabar com o Orkut. Só vou salvar, neste blog, uma coisa que escrevi sobre o meu perfil e na qual acredito. Parece-me efectivamente a unica coisa que dali vale a pena salvar.
Diz assim:
Vai e vive. Experiencía. Sonha. Arrisca. Fecha os olhos e salta. Disfruta a queda livre. Escolhe a vida e não o conforto. Escolhe a magia ao hábito. Escolhe potencial em vez de predictibilidade. Acorda para o maravilhoso que cada dia pode ser. Faz amigos, acredita na intuição. Descobre a beleza da incerteza. Descobre-te e entende-te antes de te prometeres a outros. Faz milhares, milhões de erros de forma a que saibas exactamente o que desejas. Descobre quando te protegeres e quando te soltares. Ama sempre, com força, perdidamente e sem reservas. Procura o conhecimento, abre-te às possibilidades. Mantem o coração franco, a cabeça levantada e o espírito livre. Acolhe a escuridão e a luz dentro de ti. Diz sempre a verdade sem nunca pensares nas consequências. Assume a tua realidade sem desculpas. Vê o melhor em todos e no mundo. Sê forte, audaz. Sê agradecido. Sê louco, selvagem e gloriosamente livre. Sê tu. Vai e vive.
Não sei se sou assim. Não sei se algum dia vou ser. Mas gostaria de o conseguir. Talvez exactamente pelo que disse há uns dias sobre a saudade:"Viver a vida plenamente é a melhor forma de honrar a saudade que sempre iremos ter."´
A todos as pessoas de que sinto falta, dedico os meus sucessos e os meus insucessos, a minha felicidade e a tristeza, a minha vida.
Pela saudade que vos tenho. E pela alegria que tenho em estar numa situação que de vós me tráz saudades.
いらっしゃいます - Irashaimasu - Benvindos
D. Deda, coitadinha, fretou um micro-onibus, foi a Campo Grande buscar a família e depois regressou com eles: êta se havia sogra contente.
Em primeiro lugar fui surpreendido pelo facto de se ter desfeito o trauma, Huguinho, Zezinho e Luisinho.

Chegaram bastante tarde, eram práí 20:30, ele foi beijos, ele foi abraços, ele foi fotos, ele foi mais beijos e sorrisos, e mais pizza, ele foi champanhe (e desta vez não se partiu nada...), ele foi conversa e mais conversa e mais conversa, as mulheres desmontaram as malas e o guarda roupa, ele foi gritinhos de "Fashion...", "Lindo...", "Olha que coisa...", trocaram-se presentes, uma verdadeira loucura.
A Debbie, naturalmente, é exuberante, quase furacão. Nem podia ser outra coisa. A Jessica, linda, mais sossegada, quase tímida, quase.... o Shoiti, muito simpático, calmo, reservado....



E foi mais conversa, e mais cerveja, moda, carrinhos telecomandados, e mais conversa e mais conversa e mais conversa...
Acabamos por ir para a cama à hora do almoço, hora de Tokyo, naturalmente. Metade das pessoas queria dormir a outra metade queria comer, uma confusão....
Só houve uma nota triste que devo salientar: antes de me ir deitar ainda tive que fazer uma massagem no rosto de D. Deda: A pobre sogra estava com caimbras nas bochechas de tanto sorrir....