A Resposta é o SUS - Serviço Universal de Saude
"O que é o SUS
Antes da criação do SUS, que completa 20 anos em 2008, a saúde não era considerada um direito social. O modelo de saúde adotado até então dividia os brasileiros em três categorias: os que podiam pagar por serviços de saúde privados; os que tinham direito à saúde pública por serem segurados pela previdência social (trabalhadores com carteira assinada); e os que não possuíam direito algum. Assim, o SUS foi criado para oferecer atendimento igualitário e cuidar e promover a saúde de toda a população. O Sistema constitui um projeto social único que se materializa por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros.

Funcionamento do SUS
O SUS é organizado para se antecipar aos problemas de saúde ou tentar soluciona-los o quanto antes e o mais perto possível da população. Desta forma, o antigo modelo no qual o paciente com problemas de saúde deveria se dirigir ao hospital está, aos poucos, sendo substituído por um modelo no qual os agentes de saúde entram em contato com a população e encaminham as pessoas para consultas na Unidade Básica de Saúde mais próxima.
Programa Saúde da Família
O Programa Saúde da Família é a base na qual o SUS opera, nele as regiões da cidade são divididas em áreas que abarquem cerca de 4500 pessoas, todos os moradores são cadastrados e seus históricos de saúde leventados. Para cada área é designada uma equipe responsável, ela será formada por:
1 médico(a) generalista (clínico-geral),
1 enfemeiro(a),
1 auxiliar de enfermagem,
entre 4 e 6 agentes comunitários de saúde,
outros profissionais - como dentistas, assistentes sociais e psicólogos - poderão ser incorporados às equipes ou formar equipes de apoio, de acordo com as necessidades e possibilidades locais.
Nesta estrutura uma figura chave para organizar e intermediar o acesso da população aos serviços de saúde é o Agente Comunitário de Saúde. No primeiro momento ele é o responsável pelo cadastramento da população, levantando informações sobre quem são e onde estão os possíveis pacientes da região onde atua, sempre ficando atento para casos que demandam maior atenção como gestantes, idosos, doentes crônicos, etc. Depois de feito o cadastramento o agente continua vizitando aquelas famílias periodicamente, e quando identifica alguma doença avisa aos demais profissionais da equipe e agenda consultas, que são realizadas na Unidade Básica de Saúde. Em casos especiais como idosos em situação de abandono ou pacientes com dificuldade de locomoção o restante da equipe (auxiliar de enfermagem, enfermeiro e médico) pode se deslocar até à casa do paciente.
Nas Unidades Básicas de Saúde é feito o atendimento da maior parte dos problemas identificados pelos agentes, e a equipe busca solucionar os casos mais simples ali mesmo ou encaminha-los para os ambulatórios de especialidades. Casos de doenças graves que necessitam de equipamentos e especialistas são encaminhados para os Hospitais.
A organização do SUS a partir do Programa Saúde da Família tem uma série de vantagens:
Possibilita que as famílias recebam orientações com base em sua própria realidade, já que os agentes de saúde conhecem os problemas do bairro, as famílias, suas moradias e podem identificar os principais problemas;
Possibilita o diagnóstico precoce e com maiores chances de cura e casos graves porque o acompanhamento é periódico;
Possibilita a identificação de situações de risco, com a atenção para situações que colocam em risco a saúde coletiva;
Desafoga os hospitais e os grandes centros de saúde que costumavam ter enormes filas de pessoas que apresentavam problemas que poderiam ser resolvidos nas próprias Unidades Básicas de Saúde;
Municipalização
A implantação do SUS significa também a municipalização dos serviços de saúde, já que neste processo as prefeituras passam gradualmente a se responsabilizar por todos os serviços públicos de saúde, inclusive o atendimento hospitalar. De acordo com o projeto do SUS as prefeituras terão “gestão plena” do sistema, e para isso os recursos são recolhidos (dos municipios, estado e união) e repassados pelo governo federal para os municipios, de acordo com o número de habitantes e de equipes de saúde de cada um."
E se pensam que este blá blá blá é um vazio corporativo desenganem-se.
Há uns meses atrás estava eu sentado na varanda com D. Deda e aparece um dos tais "Agentes Comunitários de Saúde". Senta-se, aceita um cafezinho, e faz uma investigação informal sobre D. Deda, se se sentia bem, como estava a pressão, etc etc etc, deu uma volta pela casa a procurar possiveis locais onde o Dengue se pudesse desenvolver, perguntou da vizinha que já não a vê há algumas semanas e ia tomado notas das questões mais prementes.
Do meu ponto de vista, isto é claramente uma ação profilática, preventiva. Onde é possivel descobrir sintomas e problemas antes de eles se manifestarem com impacto negativo na qualidade de vida/saúde das populações.
Naturalmente, e como depende dos municípios, a aplicação dos dinheiros públicos pode ser mais ou menos efectiva, mais ou menos transparente.
Mas relativamente aos cuidados de saúde que tenho recebido, simplesmente por ser residente do município, não tenho qualquer reclamação. Antes pelo contrário. Depois de ter visto a forma como outros municipios são servidos eu digo: "Graças a Deus que moro em Jateí!"
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